/* search form -------------------------------------- */ #searchthis { display: inline-block; zoom: 1; /* ie7 hack for display:inline-block */ *display: inline; border: solid 1px #d2d2d2; padding: 3px 5px; -webkit-border-radius: 2em; -moz-border-radius: 2em; border-radius: 2em; -webkit-box-shadow: 0 1px 0px rgba(0,0,0,.1); -moz-box-shadow: 0 1px 0px rgba(0,0,0,.1); box-shadow: 0 1px 0px rgba(0,0,0,.1); background: #f1f1f1; background: -webkit-gradient(linear, left top, left bottom, from(#fff), to(#ededed)); background: -moz-linear-gradient(top, #fff, #ededed); filter: progid:DXImageTransform.Microsoft.gradient(startColorstr='#ffffff', endColorstr='#ededed'); /* ie7 */ -ms-filter: progid:DXImageTransform.Microsoft.gradient(startColorstr='#ffffff', endColorstr='#ededed'); /* ie8 */ } #searchform input { font: normal 12px/100% Arial, Helvetica, sans-serif; } #searchBox{ background: #fff; padding: 6px 6px 6px 8px; width: 202px; border: solid 1px #bcbbbb; outline: none; -webkit-border-radius: 2em; -moz-border-radius: 2em; border-radius: 2em; -moz-box-shadow: inset 0 1px 2px rgba(0,0,0,.2); -webkit-box-shadow: inset 0 1px 2px rgba(0,0,0,.2); box-shadow: inset 0 1px 2px rgba(0,0,0,.2); } #submit-button { color: #fff; border: solid 1px #494949; font-size: 11px; height: 27px; width: 27px; text-shadow: 0 1px 1px rgba(0,0,0,.6); -webkit-border-radius: 2em; -moz-border-radius: 2em; background: #5f5f5f; background: -webkit-gradient(linear, left top, left bottom, from(#9e9e9e), to(#454545)); background: -moz-linear-gradient(top, #9e9e9e, #454545); filter: progid:DXImageTransform.Microsoft.gradient(startColorstr='#9e9e9e', endColorstr='#454545'); /* ie7 */ -ms-filter: progid:DXImageTransform.Microsoft.gradient(startColorstr='#9e9e9e', endColorstr='#454545'); /* ie8 */ } expr:class='"loading" + data:blog.mobileClass'>

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Os Judeus do Führer - Os Colaboradores (Complemento)




Este é mais um complemento da matéria Os Judeus do Führer no qual, para finalizar, mostraremos judeus que ficaram do lado dos nazistas por livre e espontânea vontade e mostrar o grau de envolvimento do Nazismo com o tal Sionismo (não o judaísmo) em si.

Mas antes, vamos falar sobre como isso começou realmente, em todos os detalhes.

Toda a relação Nazismo-Sionismo teve seu princípio com Leopold Itz, conhecido como Edler von Mildenstein, um oficial da SS de 1930 e 1940, que é lembrado como um líder do Partido Nazista que durante os anos 1930 apoiou os objetivos do sionismo. Foi conhecido também por às vezes ter trabalhado como escritor e usar o pseudônimo LIM (suas iniciais). Ele foi ocasionalmente chamado em inglês de “barão”, embora sua posição Edler significava "nobre" e não tem um equivalente exato na língua inglesa, embora o equivalente mais próximo da língua seja “escudeiro” (esquire).

Leopold Von Mildenstein (à direita) oficial da SS à executivo da Coca-Cola 

Nascido em Praga, então parte do Império Austro-Húngaro, Mildenstein pertencia ao nível mais baixo da nobreza austríaca e foi criado como um católico romano. Após estudar engenharia, ele entrou para o Partido Nazista em 1929, recebendo o número de membro 106.678. Em 1932 ele se juntou à SS, tornando-se um dos primeiros austríacos a sê-lo. De acordo com seu ex-colega da SS, Dieter Wisliceny, a partir da Primeira Guerra Mundial até 1935 Mildenstein visitou o Oriente Médio, incluindo a Palestina, várias vezes.

Mildenstein tomou um interesse precoce no sionismo, mesmo indo tão longe a ponto de assistir a conferências sionistas para ajudar a aprofundar a sua compreensão sobre o movimento. E seu conhecimento se deu porque existia alguns sionistas que fizeram movimentos que tinham crescido muito em popularidade entre os judeus alemães desde Hitler chegou ao poder. Ele promoveu ativamente o sionismo como uma desculpa para sair do impasse oficial sobre a questão judaica: como uma forma de tornar a Alemanha purificada de judeus. Em 7 de abril de 1933, o Juedische Rundschau, que era um jornal bissemanal do movimento sionista declarou que de todos os grupos judeus apenas a Federação Sionista da Alemanha, da qual Mildenstein estava ligado, foi capaz de se aproximar dos nazistas de boa-fé como "parceiros honestos”. A Federação então encomendado Kurt Tuchler para fazer contato com possíveis simpatizantes sionistas dentro do Partido Nazista, com o objetivo de facilitar a emigração para a Palestina, e ele se aproximou de Mildenstein que foi convidado a escrever algo de positivo sobre a Palestina judaica na imprensa. Mildenstein concordou, desde que ele seja autorizado a visitar o país em pessoa, com Tuchler como seu guia o que acabou acontecendo indo com suas respectivas esposas.

Kurt Tuchler posteriormente

O interessante é que Mildenstein chegou a escrever uma série de artigos (além de outros posteriormente) no Der Angriff, o jornal nazista de Berlim fundada por Goebbels em 1927. 

Mildenstein, se tornou um grande entusiasta do sionismo a ponto de até mesmo começar a estudar hebraico.

Após seu retorno de uma segunda viagem a Palestina que durou seis meses, Mildenstein sugeriu a seguinte desculpa para alcançar seus objetivos de que a solução para o problema judeu estava em migração em massa para a Palestina que acabou sendo aceita por seus superiores dentro da SS. De agosto de 1934 a junho 1936 Mildenstein foi colocado no comando da mesa judaica com o título de Judenreferent (Oficial de Assuntos judaica) na sede da Sicherheitsdienst ou SD (Serviço de Segurança) da SS, Seção II/112. Em seu título significava também que ele era responsável pela elaboração de relatórios sobre "Assuntos Judeus", sob o comando geral de Reinhard Heydrich.

Foto colorida de Reinhard Heydrich membro da temida SS e líder da SD 

Durante esses anos de Mildenstein foi favorecida uma política de incentivo a população judaica da Alemanha para emigrarem para a Palestina, e na prossecução desta política, ele obteve contatos positivos desenvolvidos com organizações sionistas. Oficiais da SS foram ainda instruídos a incentivar as atividades dos sionistas dentro da comunidade judaica, que eram favorecidos embora enganosamente instruídos por se dizer que eles eram o verdadeiro perigo para o nacional-socialismo. Até as Leis de Nuremberg antissemitas de setembro 1935 tinha uma provisão sionista especial, permitindo que os judeus a hastear a sua própria bandeira.

Adolf Eichmann, que foi um dos organizadores mais significativos do Holocausto, acredita que a sua grande chance veio em 1934, quando ele teve um encontro com Mildenstein e foi convidado a integrar no departamento deste. Eichmann também afirmou que Mildenstein rejeitou o descarado e vulgar antissemitismo de Julius Srtreicher. Logo após sua chegada na seção Mildenstein chegou até a dar a Eichmann um livro sobre o judaísmo escrito por um líder judeu de Viena chamado Adolf Boehm.

Entre 09 de setembro e 09 de outubro de 1934 o jornal Der Angriff publicou uma série de doze artigos pró-sionistas feitos por Mildenstein sob o título “Um nazista vai à Palestina”. Em honra a sua visita, o jornal emitiu um medalhão comemorativo*.

Chegou a haver, no verão de 1935, em Lucerna, Suíça, um congresso, o chamado 19 º Congresso da Organização Sionista na qual, Mildenstein segurando o posto de SS-Untersturmführer (equivalente à segundo-tenente das organizações militares nazistas), participou como observador ligado à delegação judaica alemã. 

Sua carreira no departamento começou a cair quando foi acusado de que a migração para a Palestina não estava indo em um ritmo rápido o suficiente. Após sair, mesmo durante a agitação causada pela Segunda Guerra Mundial à Alemanha, em meio a tudo isso, Mildenstein continuou a escrever artigos de propaganda e livros pró-sionistas.

O próprio Eichmann mencionou Mildenstein como "o especialista em assuntos judaicos". Com certeza dentro do Reich alemão!

Após a Segunda Guerra Mundial, Mildenstein simplesmente continuou a viver na Alemanha Ocidental, onde se juntou ao Partido Democrático Livre e foi eleito para o Comitê de Imprensa. Em 1956, ele foi para o Egito a pedido de Gamal Abder Nasser para trabalhar na estação de rádio chamada "Voz dos Árabes" e, após a captura de Adolf Eichmann em 1960, ele alegou imunidade como um agente de inteligência da Agência Central de Inteligência ou CIA, uma reivindicação que foi não confirmada nem negada. Nada mais se ouviu falar dele depois de 1964, quando ele publicou um livro sobre cocktails. 

Trabalhou também como assessor de imprensa para a Coca-Cola na Alemanha Ocidental.


Agora, com tudo isso já feito dentro do próprio Reich, vamos ver e conhecer primeiro outros, que apoiaram Hitler, mesmo sendo judeus:

ALEMANHA



Stephanie Julianne von Hohenlohe 



Nascida Stephany Julienne Richter era de mãe judia (embora a escritora Martha Schad Richter diz que era filha ilegítima dos dois pais judeus) se tornou notável por ter sido uma espiã para a Alemanha nazista durante a década de 1930 na Grã-Bretanha e na Europa. 

Era membra de uma família principesca alemã pelo casamento (foi casada com o Arquiduque Franz Salvator da Áustria divorciando-se em 1920), mas foi suficiente para mantê-la entre a elite. 


Retrato do arquiduque Francisco Salvador da Áustria 
com quem Stephanie teve um filho

Ela acabou desenvolvendo estreitas relações entre a hierarquia nazista, incluindo o próprio Adolf Hitler. Também chegou a desenvolver relações influentes também fora da Alemanha, como a com Harold Sidney Harmsworth, 1º Visconde de Rothermere, que era um admirador de Hitler, com quem também teve um relacionamento, promoveu o apoio britânico para a Alemanha, enquanto vivia em Londres desde 1932. 


Harold Harmsworth - 1º Visconde de Rothermere





Na Inglaterra, a princesa Stephanie agiu como uma mensageira, passando mensagens secretas entre os homens britânicos do alto escalão que simpatizavam com o regime nazista. Ele se envolveu também com Joachim von Ribbentrop. Somente levantou suspeitas de ser espiã pelos britânicos, franceses e americanos. Chegou a ser premiada com a Medalha de Ouro do Partido Nazista por seus serviços na década de 1930. Chegou a fugir para os Estados Unidos (San Francisco) em 1939. Foi presa pelo FBI após o ataque de Pearl Harbor. Forneceu informações para o Escritório de Serviços Estratégicos americano. Em maio de 1945 obteve a liberdade condicional e voltou para a Alemanha, onde cultivou conexões influentes na sociedade alemã do pós-guerra tranquilamente. 

Tinha amizade com Herman Göring e Heinrich Himmler que declarou-a uma “ariana honorária”. Hitler chamava-a de sua “querida princesa”. Em 1938, O MI6, serviço de inteligência britânica disse sobre ela: “Ela é frequentemente convocada pelo Führer que aprecia a sua inteligência e bons conselhos. Ela é, talvez, a única mulher que pode exercer qualquer influência sobre ele”.


Stephanie também foi encarregada pelo governo para criar um perfil psicológico de seu ex-amigo, Adolf Hitler, ajudando a criar a análise da personalidade dele em 1943.

Hitler's Spy Princess - The Extraordinary Life of Stephanie von Hohenlohe (A Princesa Espiã de Hitler - A Vida Extraordinária de Stephanie von Hohenlohe), de Martha Scahd, que conta a sua vida 



Stella (Kübler-Isaacksohn) Goldschlag 

Esta foi bem notória. Foi uma judia alemã que se formou em designer de moda que colaborou com a Gestapo durante a Segunda Guerra expondo e denunciando os judeus subterrâneos de Berlim. Era casada com um músico judeu, Manfred Kübler que conheceu quando ambos estavam trabalhando como trabalhadores forçados em uma fábrica de guerra em Berlim. Por volta de 1942, quando o grande programa de deportação dos judeus de Berlim para campos de extermínio começou, ela desapareceu no subsolo, usando documentos falsos passando-se como uma não-judeu - devido a sua aparência "ariana" de olhos azuis, classicamente bela e loira de cabelos. 

Na primavera de 1943, ela e seus pais foram presos pelos nazistas. Kübler foi submetido a tortura. A fim de evitar a deportação de si mesma e de seus pais, ela concordou em se tornar uma “apanhadora” (em alemão: Greiferin) para a Gestapo, caçando judeus como não-judeus escondidos [referido como "U-Boats", em alemão
: U-Boot (palavra em alemão que se refere a submarinos)]. Foi prometido a ela um salário de 300 Reickmarks para cada judeu que ela traísse. Ela começou por Berlim no qual ela estava bem familiarizada com um grande número de judeus de seus anos na escola judaica segregada. Foi muito bem sucedida em encontrar seus ex-colegas de escola e entregando suas informações para a Gestapo, enquanto posava como uma U-Boat.

Os dados sobre o número de suas vítimas variam de acordo com diferentes fontes de informação. Varia entre 600 a 3.000 judeus. O carisma de Stella Kübler e sua marcante boa aparência se tornaram a sua grande vantagem em sua perseguição de judeus subterrâneos. Os nazistas a chamavam de "veneno loiro".

Apesar de sua colaboração, os nazistas finalmente quebraram sua promessa de poupar a vida de seus pais. Eles foram deportados para o campo de concentração de Theresienstadt (também conhecido como Gueto de Theresienstadt) onde foram mortos. O marido dela, Manfred, foi deportado em 1943 para Auschwitz, juntamente com sua família. Mesmo com tudo isso, ela continuou seu trabalho para a Gestapo até março de 1945. Durante esse tempo, ela conheceu e acabou se casando novamente. Desta vez com o que se tornou seu segundo marido, Rolf Isaaksohn, também um colaborador e companheiro Greifer judaico.

No final da guerra, ela passou a se esconder, mas foi encontrada e presa pelos soviéticos em outubro de 1945 e condenada a dez anos no campo de detenção. Depois ela mudou-se para Berlim Ocidental (capitalista). Lá, ela foi novamente julgada e condenada a dez anos de prisão novamente. Mas, desta vez, ela não cumpriu por causa do tempo que já havia passado na prisão soviética.

Após a guerra, Kübler converteu-se ao cristianismo e se tornou uma "aberta antissemita" (também chamada de judeu auto-odiado - termo usado para designar uma pessoa judia segura de suas crenças antissemitas ou que se engaja em ações antissemitas).

Stella Kübler além de Manfred Kübler e Rof Isaaksohn, ela se casou mais três vezes (um total de cinco vezes), dos quais, após a guerra, ela se casou com três não-judeus, começando com Friedheim Schellenberg. Seu último marido morreu em 1984.

Kübler cometeu suicídio em 1994 ao atirar-se para fora da janela de seu apartamento em Berlim. Stella teve uma filha, Yvonne, que foi tirada dela e que imigrou para Israel.




Imagem: a biografia de Stella escrita por Peter Wyden, que 

inclui uma foto de sua filha quando pequena, Yvonne

POLÔNIA  



Chaim Mordechai Rumkowski

Foi um judeu polonês e empresário que foi apontado como um cabeça nomeado da Ältestenrat [em alemão Judenälteste ("Conselho de Anciãos”)] pelos nazistas ou autoridade judia do gueto de Łódź. Neste cargo eles atuavam como um tipo de governo local do gueto. E esses líderes serviam como pontes entre os nazistas e a população do gueto. Ele tinha a responsabilidade direta de fornecer calor, trabalho, alimentação, moradia e serviços de saúde e de bem-estar para a população do gueto, além de fornecer ao regime nazista judeus para o trabalho escravo e confisco de bens (quando confiscava propriedades e empresas mesmo que ainda estavam sendo geridos pelos proprietários particulares, admitiu ser um "comunista e um fascista”, para justificar o que fazia para os nazistas). Ele acumulou poder no gueto que organizou como um local industrial, embora tenha realizado grandes melhorias nele também, sob o pretexto de que a produtividade seria a chave para a sobrevivência judaica, com isso, ele incentivava, e muito, o trabalho [dizem que foi influenciado pela frase "Arbeit macht Frei” (“O Trabalho liberta”) encontrado na entrada de vários campos de concentração]. Mostrava também rigidez em sua administração. 


Quando o rabinato foi dissolvido, Rumkowski realizava os casamentos. O apelido do dinheiro do gueto ou alforje, chamado ersatz (significado do alemão: substituto), foi apelidado de Rumki, e às vezes Chaimki, derivado de seu nome, e seu rosto foi colocado sobre os selos postais do gueto para se ter uma ideia do seu poder sobre ele dada pelos nazistas. Embora muitos o consideram um colaborador dos nazistas e traidor, alguns têm reavaliado e dizem que ele deu a mais pessoas de Łódź a chance de sobreviver. E isso se dá mais ainda porque há testemunhos de sobreviventes tanto a favor como contra ele.

Rumkowski e sua família foram assassinados em 28 de agosto de 1944. Um amigo da família (que em 1944 era um residente adolescente do gueto) sugere que prisioneiros judeus podem tê-los assassinado.

Adam Czerniaków 

Era um engenheiro e senador polonês, também judeu, que foi chefe do Judenrat do gueto de Varsóvia (tornando-se chefe em 4 de outubro de 1939, poucos dias após a rendição da cidade para os nazistas) responsável pela implementação das ordens nazistas no gueto judeu. 

Em 22 de julho de 1942, o Judenrat recebeu instruções da SS que todos os judeus de Varsóvia eram para ser "reassentados" para o Oriente. As exceções foram feitas para os judeus que trabalham em fábricas alemãs nazistas, funcionários do hospital judaico, membros do Judenrat com as suas famílias e os membros da Polícia do Gueto Judeu com suas famílias. Ao longo do dia, Czerniaków foi capaz de obter isenções para um punhado de pessoas, incluindo trabalhadores do saneamento, maridos de mulheres que trabalham em fábricas e alguns alunos do ensino profissional. Somente não conseguiu, apesar de toda a sua súplica, capaz de obter uma isenção para os órfãos do orfanato do professor Janusz Korczak. 

Professor Janusz Korczak (conhecido também 
como Velho Doutor ou o Senhor Doutor) - responsável 
pelo orfanato do gueto

As ordens afirmavam ainda que as deportações começariam imediatamente a uma taxa de 6.000 pessoas por dia, que foi arredondado pela Polícia Gueto Judeu e que deveria ser fornecido pelo Judenrat. O não cumprimento resultará na execução imediata de uma centena de reféns, incluindo funcionários do Judenrat e própria esposa de Czerniaków. Ao ver aonde chegou a sua colaboração, Czerniaków voltou para o seu escritório, pegou uma das cápsulas de cianeto que havia mantido para tal ocasião, deixou uma nota de suicídio de sua esposa e outra para seus companheiros do Judenrat. Ele cometeu suicídio no gueto no dia 23 de julho 1942 por engolir uma pílula de cianeto, um dia após o início este extermínio em massa de judeus que ficou posteriormente conhecido como o Grossaktion (Ação Larga) de Varsóvia

Foi sucedido por seu vice Marek Lichtenbaum.

Czerniaków manteve um diário no qual escrevia os acontecimentos presenciados por ele no gueto do 6 de setembro de 1939 até o dia de sua morte, quando comandava tal. Foi preservado pela sua esposa Niunia (dra. Felicja Czerniaków) e publicado em 1979 e depois traduzido para o Inglês.

Existe um documentário sobre o gueto de Varsóvia baseado em seu diário chamado A Film Unfinished (Um Filme Inacabado) e um filme da Warner Bros de 2001 chamado Uprising (Revolta) na qual o ator Donald Sutherland interpreta Adam Czerniaków.

Capas do filme (esq.) e documentário (dir.) que retrata os 
eventos vivenciados por Adam Czerniaków nos quais registrou em seu diário

Józef Andrzej Szerynski e Jakub Lejkin

Foto mostra Jósef Szerynski (que está de costas) recebendo 
um relatório de Jakub Lejkin em maio de 1041

Józef Andrzej Szerynski foi um coronel inspetor da polícia para o distrito de Lublin e, mais tarde, durante a Segunda Guerra, um comandante da Polícia do Gueto Judeu. Embora, nascido em uma família judia, portanto judeu, ele mudou seu nome e desenvolveu uma atitude antissemita mesmo assim. Após a Invasão da Polônia, ele foi preso, mas logo foi liberado. Ele viajou para Varsóvia com sua família e estabeleceu-se no gueto de lá. Lá, em 9 de novembro de 1940, foi confiada a ele, através de Adam Czerniaków a organização da Polícia do Gueto Judeu - uma força “quase-polícial” para colaborar com os alemães. Quando em atividade sob seu comando no gueto, foi responsável por agressões e perseguição dos habitantes do gueto, participação nas buscas e apreensões e recolhimento dos deportados para serem enviados para campos de extermínio. Sob as ordens do Szerynski a Polícia judaica crianças e doentes foram os primeiros a ser deportados por serem os mais fracos e “inúteis” para as atividades obrigatórias dadas ao gueto. 

Como o comandante da Polícia Judaica, Szerynski era um habitante privilegiado do Gueto. E ficou isento da obrigação de usar uma braçadeira com a Estrela de David. Ele foi amplamente considerado corrupto e de engajar-se no mercado negro. Em 1 de maio 1942, os alemães prenderam Szerynski acusando de roubo de casacos de pele confiscados da população do gueto. Seu vice (Jakub Lejkin) assumiu temporariamente o seu lugar como o comandante da polícia. No entanto, Szerynski foi posto em liberdade em 26 de julho 1942 quando os alemães perceberam que precisavam de seus serviços para organizar as deportações em massa de judeus do gueto para campo de extermínio de Treblinka que foi realizado entre 23 de julho e 21 de setembro de 1942. 

Em agosto de 1942, Szerynski foi até mesmo alvo da Organização Judaica de Combate de tão nazista que era: sobreviveu a um atentado ao ser baleado duas vezes em uma tentativa de assassinato realizada por um membro da polícia judaica, Yisrael Kanal (conhecido como "Akiba"), que estava trabalhando para ela. 

Em 18 de janeiro de 1943, as forças alemãs entraram no gueto para realizar a segunda grande operação de deportação e, eventualmente, enviou todos os restantes habitantes do gueto para os campos de extermínio. Poucos dias depois das deportações, Szerynski cometeu suicídio ingerindo cianureto. 

Já Jakub Lejkin que foi designado vice comandante de Józef Szerynski e subordinado pelos alemães para cooperar coma Polícia Judaica do Gueto de Varsóvia, era um advogado polaco de origem judaica. Foi comandante do gueto de maio a julho de 1942 após a parada temporária de Józef Szerynski. 

Lejkin serviu em um papel de liderança na deportação de judeus locais para os campos de extermínio e era conhecido por sua brutalidade especial. Antes da guerra. 

Em 29 de outubro de 1942, às 18h10, ele foi assassinado pela Organização Judaica de Combate. Ele foi baleado no caminho de volta para casa a partir do comando. 

Foi a primeira execução realizada pela Organização Judaica de combate.


Abraham Gancwajch 


Foi um proeminente judeu colaborador nazista no gueto de Varsóvia e um "chefão" do submundo do gueto.

Foi um jornalista que chegou a ir para Viena, Áustria. Mas foi expulso e voltou para a Polônia. Lá, antes da guerra, foi um professor e um jornalista sionista conhecido por sua postura antinazista além de ser conhecido como um excelente orador. 
Foi também um líder do Hashomer Hatzair (movimento socialista-sionista juvenil). 

Após a invasão alemã na Polônia, ele apareceu em Varsóvia como um refugiado de Łódź e como uma pessoa com ligações com o Sicherheitsdienst (Serviço de Segurança em português, melhor conhecida por SD, e era o setor primário do serviço de inteligência tanto da Schutzstaffel como do NSDAP) e tornou-se um colaborador nazista. 

Em dezembro de 1940, ele fundou o Grupo 13 (uma rede judia colaboracionista com os nazistas no gueto de Varsóvia que foi descrito por muitos como “Gestapo judaica”. Gancwajch acreditava que os alemães venceriam a guerra e os judeus tinham de servir os alemães se houvesse qualquer esperança de sobrevivência, e pregou a colaboração com os conquistadores alemães. Ele também foi um defensor da criação de um lugar autônomo de instalação de judeus, sob a proteção do Terceiro Reich em um dos países estrangeiros.

Segundo Adam Czerniaków, a quem Gancwajch tentou usurpar como o chefe do Judenrat, o mencionou em seu diário como "desprezível, criatura feia". Já Janusz Korczak, o professor que dirigia um orfanato no gueto, quando perguntado por que ele estava lidando com, ele respondeu: "Eu vou ver o próprio diabo para salvar os meus filhos". É tanto que, no gueto, ele viveu uma vida luxuosa, coletando somas pesadas dos outros por vários meios. Embora, por outro lado, a fim de manter as aparências, ele tenha ajudado pobres e artistas, em todas as suas iniciativas se tornou corrompido. Por exemplo, ele montou um hospital com ambulâncias, mas rapidamente a rede foi utilizada principalmente para contrabando do Grupo 13. No momento em que se tornou uma rede de extorsão somente serviu para combater o mercado negro no gueto. 

Depois que a maioria dos membros do Grupo 13 foi eliminada pelos alemães em 1942, Gancwajch apareceu fora do gueto, no lado ariano, em Varsóvia onde ele e outros membros de seu grupo, fingindo ser combatentes subterrâneos judaicos, estavam caçando esconderijos poloneses ou apoio dos judeus. Ele também foi o líder do infame Żagiew ("A Tocha"), também conhecido como Zydowska Gwardia Wolności [em polonês: "Guarda da Liberdade Judia"), um grupo de agentes provocadores colaboracionista com os nazistas na Polônia ocupada, fundada e patrocinada pelo Gestapo e que tinha-o como líder. Ele também é conhecido por ter tentado sabotar as tentativas do Levante do Gueto de Varsóvia. A Organização Judaica de Combate condenou à morte, mas nunca foram capazes de executá-lo. 

Seu destino ainda permanece desconhecido até os dias de hoje. De acordo com um registro, ele foi morto junto com sua família em Pawiak, em Varsóvia, talvez em torno de início da primavera de 1943. 

Embora, com tudo, ainda existem pessoas que o vejam como uma pessoa que estava tentando enganar os alemães para ajudar os judeus, há outros que o veem como traidor. 

A pesquisa moderna conclui unanimemente que ele era um colaborador motivado por interesses ideológicos e pessoais.



Alfred Nossig 

Os soldados de Hitler também pôde contar com a ajuda deste escritor polonês que, após a invasão alemã nazista da Polônia, cooperou com a Abwehr enquanto vivia no gueto de Varsóvia fornecendo relatórios regulares para os nazistas durante a deportação de judeus residentes para campos de concentração. 

Como resultado desta atividade, o grupo de resistência subterrâneo chamado Organização de Combate Judaica (polonês: Zydowska Organizacja Bojowa), marcou a sua execução e ele foi morto a tiros em 22 de fevereiro de 1943.


ROMÊNIA


Henric Ştefan Streitman 


Foi um judeu, que converteu a ortodoxia romena voltando posteriormente ao judaísmo em 1941. Era jornalista, tradutor e figura política romena que foi do socialismo para o fascismo. Também era físico, químico, filósofo, comentarista social e editor erudito. Envolveu-se em vários debates culturais e políticos, de 1889 a época de sua morte, o que o tornou famoso.

Logo após a Primeira Guerra Mundial, deixou o socialismo e se tornou anticomunista. Mesmo sofrendo com a ascensão do antissemitismo (como a maioria dos judeus romenos que viveram antes de 1920, Streitman foi, provavelmente, não-emancipado e inelegível para a cidadania romena, recebendo-a somente mais tarde), Streitman virou, mesmo assim, um colaboracionista nazista durante a Segunda Guerra Mundial tornando-se presidente da Escritório Central Judaico (exerceu o poder entre fevereiro e dezembro de 1942). No entanto, o seu escritório era cerimonial, com muitas de suas funções suplantado pelo líder executivo Nandor Gingold, outro judeu, que o substituiu depois. Gingold, por sua vez, justificava sua própria conformidade por notar que a resistência às demandas nazistas traria destruição imediata sobre os judeus romenos. 

Provavelmente a nomeação de Streitman pelo Escritório Central se deu graças ao seu bom relacionamento com todos os lados do espectro político e, sobretudo, à sua amizade com o amigo do ditador romeno Ion Antonescu, Veturia Goga, embora outros devam a um enviado especial alemão, Gustav Richter, que também aprovou a proposta de Streitman de pôr Lazar Halberthal [ex-Macabi Bucureşti (atleta de um clube esportista que representava a comunidade judaica na Romênia, conhecida hoje como Ciocanul) para a presidência da Comunidade Judaica de Bucareste. 

Seu envolvimento com o fascismo começou quando se tornou um agente de eleição para o Partido Nacional-Cristão (Partidul Naţional Crestin - PNC) - união do Partido Nacional Agrário (Partidul Naţional Agrar), fundado pelo poeta Octavian Goga e a Liga de Defesa Nacional-Cristã (Liga Apărării Național Creștine), fundada por sua vez por Alexandru C. Cuza (conhecido somente por A.C. Cuza) - notoriamente antissemita e com tendências fascistas.


Manifesto da Liga de Defesa Nacional-Cristã (uma das quais fundou o PNC) de 1928, publicado sob o logotipo da suástica, descrevendo a sua hostilidade para com "os kikes" e os "romenos judaizados". 
Já mostrava a tendência nazista




Bandeira do Partido Nacional-Cristão e um cartaz 
político do partido no qual mostra o imaginário antissemita 
do partido

De acordo com o cientista político Manus I. Midlarsky, o PNC era ideologicamente próximo ao mais poderoso partido fascista chamado Guarda de Ferro, que tomaria o poder 45 dias depois do partido ter entrado no poder a pedido de Carol II da Romênia. 

Apesar de trabalhar dentro do PNA (Partido Nacional Agrário) e fazer amizade com os fascistas, Streitman ainda ajudou com causas de esquerda. Foi contra qualquer resistência judaica contra os nazistas, o que lhe rendeu a alcunha de traidor. Streitman foi internado no Târgu Jiu (acampamento para prisioneiros políticos).

Sobreviveu à guerra por alguns anos e, os últimos anos de Streitman foram marcados pelo seu retorno ao ativismo, mas desta vez como um revisionista sionista que trabalhava para um reassentamento judaico maciço na Palestina britânica. Ao contrário de Gingold que, junto com outro, Vasile Isăceanu (tenente do pogrom romeno de Dorohoi), receberam sentenças de prisão perpétua. Nunca foi levado perante aos Tribunais Popular romeno fazendo com que ele sobrevivesse ao estabelecimento do regime comunista em 1947.

Apesar de ser judeu, era antissionista. Mas, mesmo assim, os comunistas preferiram ignorá-lo e suas posições políticas. 


Seria este posicionamento, o anti-sionismo, o principal motivo que o levou para os lado fasci-nazista? Se sim, porque promoveu o reassentamento judaico na Palestina?


HUNGRIA


Ignatius Timothy Trebitsch-Lincoln



Trebitsch (esq.) em 1915 quando estava envolvido pela primeira vez com 
os alemães e (dir.) já como monge budista, nesta 
época trabalhando ao mesmo tempo para os 
alemães nazistas e japonês imperialistas (fascistas)  


Seu nome húngaro: Trebitsch-Lincoln Ignác(z), alemão: Ignaz Thimoteus Trebitzsch. Era um húngaro aventureiro e vigarista criminoso de descendência judia ortodoxa. Passou parte de sua vida como um missionário protestante, sacerdote anglicano. Chegou a ser também membro do parlamento britânico para Darlington, político de direita e espião alemão como colaborador nazista e, por fim, se tornou abade budista na China.

Ele se envolveu nas duas guerras mundiais com os alemães.

Seu envolvimento primeiro envolvimento com os alemães. Com o Nazismo se deu logo após os anos que antecederam a eclosão da Primeira Guerra Mundial. Nesta época ele estava envolvido em uma variedade de empreendimentos comerciais que falharam, vivendo por um tempo em Bucareste, na esperança de ganhar dinheiro na indústria do petróleo. De volta a Londres e sem dinheiro, ele ofereceu seus serviços ao governo britânico como um espião. Quando ele foi rejeitado, ele foi para a Holanda e fez contato com os alemães que acabou empregando-o como um agente duplo.

Após muitas desventuras como espião chegou a querer vender sua história para a New York World Magazine, que publicou a manchete sob o título Revelation of ITT Lincoln, Former Member of Parliament Who Became a Spy (Revelação de ITT Lincoln, Ex-membro do Parlamento que se tornou um Espião). Também publicou um livro intitulado Revelations of an International Spy (Revelações de um Espião Internacional publicado por Robert M. McBride, em Nova York, em 1916. Na Inglaterra, acabou pegando três anos de prisão, não sob a acusação de espionagem, mas por fraude, que era muito mais conveniente para as circunstâncias. Depois foi liberado e deportado em 1919.

O seu segundo envolvimento com os alemães se deu quando trabalhou, pouco a pouco, para a borda militarista conservadora na República de Weimar e conheceu Wolfgang Kapp e Erich Ludendorff, entre outros e em 1920, seguindo o Kapp Putsch (uma tentativa de golpe em março 1920 destinada a desfazer os resultados da revolução alemã de 1918-1919 e derrubar a República de Weimar e estabelecer um governo autocrático militar), foi nomeado censor imprensa para o novo governo. Nesta função, ele acabou conhecendo Adolf Hitler, que veio de Munique um dia antes do colapso do golpe.

Com a queda do Kapp, Trebitsch fugiu para o sul a partir de Munique, ligando-se, ao longo do caminho, com toda uma variedade de facções políticas marginais. Depois de confiado arquivos da organização, ele prontamente vendia as informações para os serviços secretos de vários governos. Foi pego, julgado e absolvido de uma acusação de alta traição na Áustria acabando por ser deportado novamente.

Depois fugiu para a China. Chegou a trabalhar para três senhores da Era dos Senhores da Guera da China. Lá, supostamente após uma experiência mística no final de 1920, Trebitsch converteu ao budismo tornando-se um monge conseguindo posteriormente subir ao posto de abade em 1931 estabelecendo seu próprio mosteiro e Xangai. Todos os iniciados eram obrigados a entregar as suas posses para ele (chamado de Abbot Chao Kung ou Zhao Kong). Também passava seu tempo seduzindo freiras.

Em 1937, ele transferiu sua lealdade para o Império do Japão produzindo propaganda anti-britânica em seu nome. Fontes chinesas dizem o contrário, que ele escreveu numerosas cartas e artigos para a imprensa europeia, condenando a agressão imperial japonesa na China. Após a eclosão da Segunda Guerra Mundial ele também fez contato com os nazistas, oferecendo para levantar todos os budistas do Oriente contra qualquer influência britânica restante na área. O chefe da Gestapo no Extremo Oriente, o coronel da SS Josef Meisinger, pediu para o regime atenção para tal. Ele sequer foi sugerido para ser autorizado a acompanhar os agentes alemães para o Tibete para implementar o esquema dado por ele.


Mesmo com Heinrich Himmler e Rudolf Hess estar entusiasmado com ele, Hitler pôs fim a todos os regimes pseudo-místico. Mesmo assim, Trebitsch continuou seu trabalho para os serviços de segurança alemães e japoneses em Xangai até sua morte em 1943.



Nesta foto, que foi tirada em 1933 em Nuremberg, na qual mostra Adolf Hitler e Julius Streicher entre outros, muitos dizem que o indivíduo que aparece entre os dois (em destaque) é nada mais e nada menos que Ignatius Trebitsch, quando usava outro pseudônimo falso, o de Moses Pinkeles. Nesta época, tentava se engajar no meio nazista por financiar o jornal [o chamado Völkischer Beobachter ("Observador Étnico" - jornal do Partido Nazista)] e o Partido de Hitler



Este envolvimento diretamente com o Nazismo de judeus torna tudo isso muito estranho e confuso.

O surgimento destes confusos judeus auto-odiado tanto na Alemanha como fora dela, possivelmente se deu a existência de um acordo conhecido por poucas pessoas mas que mostra a estreita relação que existia entre o Partido Nazista e o Sionismo e que mostra de maneira também, bem clara e evidente, sem nenhuma dúvida em seu meio, o jogo de interesses tampado pelo Holocausto e que os judeus perseguidos no Reich nazista eram compostos somente dos que não quiseram cooperar com eles. 


Agora vocês saberão. 

ACORDO HAAVARA

Do hebraico הסכם העברה (Heskem Haavara) ou Ha'avarah ("Acordo de Transferência"), foi um acordo (judeu-nazista) assinado em 25 de agosto de 1933, após três meses de discussões, entre a Federação Sionista da Alemanha (Zionistische Vereinigung für Deutschland ou ZvFd) e o banco Anglo-Palestino (visto que a Palestina era de domínio britânico na época), agindo sob as ordens da Agência Judaica (ou Agência Judaica para a Terra de Israel) e as autoridades econômicas da Alemanha nazista. 

O acordo foi projetado para facilitar e incentivar a emigração de judeus alemães para a Palestina. 

Funcionava da seguinte forma: o emigrante pagava um certo montante de dinheiro a uma empresa de colonização sionista e recuperava os valores pagos na forma de exportações alemãs para a Palestina. Além disso, os migrantes judeus também podiam levar consigo uma certa quantia em dinheiro, em geral equivalente a 1.000 libras esterlinas - e em alguns casos especiais, até 2.000 libras.

Hitler criticou o acordo, mas logo inverteu a sua opinião e continuou a apoiá-lo, mesmo diante de oposição até seu fim em 1939.


Começando por usar uma empresa judia (sionista) de cítricos, chamada Hanotea, ela deveria captar dinheiro dos potenciais emigrantes, e esse dinheiro deveria ser usado posteriormente, já na Palestina, para comprar produtos alemães. Os produtos eram despachados juntamente com os emigrantes que seriam comprados depois lá por importadores já instalados na Palestina. Assim, quando chegavam ao destino, os migrantes recuperavam seu dinheiro. 

Conectado à Hanotea havia um judeu sionista polonês chamado Sam Cohen que representou os interesses sionistas em negociação direta com os nazistas a partir de março de 1933.

Em maio de 1933, a Hanotea solicitou ao governo alemão permissão para transferir dinheiro da Alemanha para a Palestina. Foi nesse arranjo, que foi operado com êxito, que abriu o caminho para o posterior Acordo de Haavara.

O chefe da divisão do Oriente Médio do Ministério das Relações Exteriores Werner Otto von Hentig tornou possível a continuidade e surgimento do Acordo chegando até a convencer Hitler dos benefícios de tal. Inicialmente Hitler criticou o acordo, mas logo inverteu a sua opinião e continuou a apoiá-lo, mesmo diante de oposição, até seu fim 1939.



Werner Otto von Hentig

E é partir de 1933 que vai mostrar até que grau estava a ligação nazi-sionista. 

Organizações judaicas, sindicatos e partidos comunistas apoiaram uma tentativa internacional de boicotar os produtos da Alemanha, em razão de suas leis racistas e de suas políticas opressivas. Todavia, enquanto apoiavam o boicote, produtos alemães eram normalmente exportados para a Palestina, através do esquema de Haavara. E toda esta transação dos dirigentes sionistas com os nazistas está amplamente documentada e que o exemplo mais revelador foi o de Rudolf Kastner, vice-presidente da organização sionista que negociou com Eichmann.

Judeu húngaro Rudolf Israel Kastner (também conhecido como 
Rezső Kasztner) - negociou com nazistas e depois 
foi "rotulado" de herói que salvou judeus

Em 1935, foi criada uma outra empresa, como nome Haavara (baseado no nome do Acordo), com as mesmas finalidades idênticas às da Hanotea, para continuar as negociações do acordo firmado com o governo alemão. Além dela surgiu também a Paltreu, uma Schwestergesellschaft (afiliada), isto é, uma empresa afiliada à Haavara, através da qual o dinheiro era pago em marcos, e posteriormente recuperado no escritório da Haavara em Tel Aviv.

No mesmo ano a Gestapo expediu uma circular à polícia alemã dizendo que os sionistas não deveriam ser tratados com o mesmo rigor que os demais judeus. Que dirigentes sionistas romperam o boicote antifascista mundial contra Hitler através das companhias Haavara e Paltreu, cujo empreendimento teve a participação de futuras autoridades de Israel como Ben Gurión, Moshé Sharret (ou Moshé Shertok), Golda Meir e Levi Eshkol. Ocorridos que são até hoje ocultados principalmente após o estabelecimento do estado de Israel.

Na Alemanha, o acordo funcionou regularmente até pelo menos até 1939 (embora alguns afirmem até 1938) e era conhecido como “Kapitaltransfer nach Palaestina” (alemão: "Transferência de Capital para a Palestina"). Com tal, foram transferidos cerca de 139,5 milhões de marcos (Reichsmark) em bens de consumo, máquinas, fertilizante, entre outros da Alemanha Nazista para a Palestina. Através deste acordo, além de permitir a saída de judeus (sionistas) da Alemanha e ter possibilitado a saída e recuperação de boa parte dos valores dos ativos de que estes judeus dispunham na Alemanha e tinham levado consigo para a Palestina, sem ter nenhum problema podendo, com isso, usar estes recursos para poder lançar as bases da infraestrutura da qual faria surgir o estado de Israel, ajudaram também a haver uma grande leva de produtos alemães para lá. Ou seja, ambos os lados saíram ganhando.

Sim, isso fez também com que saíssem elogios à ascensão de Hitler, que eram comuns durante os anos 30, dos sionistas que viam nele um líder capaz de ajudá-los na conquista da Palestina e de seu sonhado Estado. Até algumas organizações sionistas viram a ascensão de Hitler e do Terceiro Reich na Alemanha com bons olhos, chegando-o a elogiá-la como uma forma de renascimento da vida nacional alemã que os judeus deveriam se espelhar. Quando o editor-chefe do jornal sionista Jüdische Rundschau (uma publicação voltada para a comunidade judaica alemã), Robert Weltsch, escreveu um artigo no qual incentivava entusiasticamente seus leitores a utilizarem a Estrela Amarela imposta por Hitler ao dizer, 'Use-a com orgulho, a Estrela Amarela!', nessa mesma época a circulação do jornal subiu de por volta de 5 a 7 mil exemplares para 40 mil.

E 1935, a chegada do navio Tel Aviv - com passageiros judeus - ao porto de Haifa vindos de Bremenhaven e capitaneados por um membro do Partido nazista tinha no mastro a bandeira baseado no Partido Nazista.


Bandeira nazi-sionista (baseada na junção tanto na qual seria a bandeira de Israel e o Partido nazista alemão) que foi hasteada no navio que continha a primeira leva de judeus da Alemanha para a Palestina em 1935

Após a invasão da Polônia e o início da II Guerra Mundial, em 1939, a continuação prática do Acordo Haavara tornou-se impossível. Em 1940, representantes do grupo sionista subterrâneo chamado Lehi reuniu-se com von Hentig e propôs a cooperação militar direta com os nazistas para a continuação da transferência dos judeus europeus para a Palestina. Esta proposta, no entanto, não produziu resultados.

Após o fracasso de tal plano, em 1941, Yitzhak Shamir (conhecido hoje como um político israelense e membro do partido Likud), veio e firmou um novo acordo com o Terceiro Reich. Ele quis formar um pacto militar cuja base era o apoio dos sionistas à Alemanha Nazista e depois, a ajuda deles para a fundação de um Estado na Palestina. Shamir, aliás, depois foi um reconhecido terrorista do grupo Lehi e responsável inclusive pelo assassinato do Ministro Britânico para o Oriente Médio, Walter Edward Guinness, o 1 º Barão Moyne ou (conhecido como Lord Moyne) em 1944 e do Conde Folke Bernadotte, mediador sueco da ONU em 1948.



Yitzhak Shamir (nascido Icchak Jeziernicky): passado 
ligado a negociações com nazistas

Até surgiu esquadrões de jovens sionistas fascistas, o grupo Betar, fundado por Vladimir Ze'ev Jabotinsky, que tinha uniforme e saudação como os nazistas fascistas. Shamir pertenceu também a tal grupo assim como também o outro também ex-primeiro ministro de Israel, Manachen Begin. Parece que Mussolini chegou a contratar soldados deste grupo.

Depois, em 1944, outro acordo com o Reich, entre Ben Gurion e Adolf Eichmann fez com que, enquanto os sionistas mantivessem silêncio sobre a morte de 800 mil judeus húngaros, em troca receberiam a libertação de 600 líderes sionistas presos que seriam posteriormente enviados à Palestina.

Aproximadamente 60.000 judeus alemães se beneficiaram dessa cooperação entre as organizações sionistas e autoridades alemãs nazistas.

Também com estes nós aprendemos que o Holocausto não somente foi o fruto da mente perturbada e doentia de Hitler, mas também foi fruto do apoio dado pelos sionistas à ele e a seu regime pois tais foram também importantes, senão imprescindíveis tanto à política de Hitler como na preparação e execução do Holocausto.

Um livro que trás detalhes sobre a ligação entre sionismo e nazismo como ditas aqui é o The Hidden History of Zionism (A História Secreta do Sionismo) de Ralph Schoemann.


*O medalhão comemorativo, com a suástica de um lado e a Estrela de Davi no qual comemora a viagem de von Mildenstein a Palestina e a relação entre ela e a Alemanha Nazista é a que se encontra imagem-título desta postagem. 

Obs.: Muitos sionistas e seus apoiadores fazem vários protestos sob a alegação de estarem indignados tanto com o uso do medalhão como do Acordo Haavara sugerindo que são usados por autores anti-Israel como sendo provas de que os líderes sionistas haviam colaborado e tido acordos com os nazistas.

Sobre os detalhes do real e pouco conhecida colaboração e relação dos "judeus" para com os nazistas no seu próprio extermínio, pode-se ler o livro da filosofa e política alemã famosa e bem conhecida, de origem judia, Hannah Arendt, "Eichmann in Jerusalem" (Eichman em Jerusalem), que é muito esclarecedor sobre o assunto. Existe também um outro livro do escritor americano Edwin Black, que também é judeu, como Hannah Arendt, chamado "The Transfer Agreement" (O Acordo de Transferência), onde ele mostra como os judeus sionistas colaboraram com o regime nazista, fazendo acordos econômicos e de transferência de recursos dos judeus alemães, para criar o Estado de Israel. Um aspecto curioso deste último livro e que ele relata que a elite dos judeus na época também procurava abafar os crimes que os nazistas cometiam dentro da Alemanha.



Os livros de Hannah Arendt e de Edwin Black (com suas duas capas diferentes da mesma obra): detalhes da relação sionista-nazista.

No livro Zionism in the Age of the Dictators - A Reappraisal (Sionismo na Era dos Ditadores - A Reavaliação), de Lenni Brenner destaca a visita de Mildenstein à Palestina e a cunhação do medalhão a mando de Goebbels para comemorar.


Com tudo isso que chegou a nosso conhecimento a partir de agora, podemos e devemos voltar as nossas atenções e reavaliar as verdadeiras vítimas e mortes registradas no Holocausto.

Independente de qual que seja a sua opinião, os com menos recursos e fracos sempre serão vítimas de seus semelhantes tiranos levando todos a prejuízos incalculáveis.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.